O fogo que arde no Sul da Califórnia, há duas semanas, já consumiu mais de 90 mil hectares de florestas, neste que é um dos cinco maiores incêndios registrados no Estado americano, em todos os tempos. As chamas atingiram áreas valorizadas da cidade de Los Angeles, como o bairro de Bel Air, famoso por suas mansões cinematográficas. Algumas delas foram totalmente queimadas, o que leva as seguradoras a esperar pelo pior cenário possível: muito provavelmente, 2017 entrará para a história como o ano em que mais se pagou indenizações em decorrência de desastres naturais, entre incêndios, furacões e terremotos. A conta total deve atingir US$ 130 bilhões. O recorde atual, registrado em 2011, é de US$ 126 bilhões. O incêndio californiano deve gerar um prejuízo de quase US$ 20 bilhões às seguradoras americanas. Segundo estimativas divulgadas pelo jornal The Wall Street Journal, a conta total dos desastres no ano, provocada por eventos como os furacões Harvey e Irma e dois terremotos no México, está em cerca de US$ 111 bilhões – embora os números não estejam fechados, podendo ficar abaixo disso. Em outubro, outro incêndio na Califórnia, só que na parte Norte do Estado, já havia deixado uma conta de US$ 9,5 bilhões às empresas de seguros. Agora, o valor deve aumentar, principalmente, por conta do valor das casas atingidas, de padrão muito superior. As duas maiores seguradoras da região, a State Farm e a Farmers Insurance, já receberam mais de 2 mil solicitações de indenização. É a força destruidora da natureza em ação.

Dinheiro queimado

As seguradoras americanas já pagaram US$ 111 bilhões em decorrência de desastres naturais, no ano

O incêndio na Califórnia deve gerar uma conta de quase US$ 20 bilhões

2017 deverá bater o recorde de indenizações: US$ 130 bilhões

O recorde anterior foi registrado em 2011: US$ 126 bilhões

 

Nota publicada na Edição 1049 da Revista Dinheiro