A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que a Vigilância Epidemiológica realizou inspeção no Hospital Sancta Maggiore, administrado pela operadora Prevent Sênior, que já confirmou cinco mortes pelo novo coronavírus em sua rede. O órgão da Prefeitura disse ter constatado a existência de casos suspeitos não notificados no hospital, “incluindo casos que levaram pacientes à morte por covid-19”. “A falta de notificação dos casos suspeitos impede que a vigilância tome conhecimento e consequentemente adote as medidas necessárias”, informou em nota a secretaria.

A pasta acrescentou que a Vigilância fará contato para acompanhamento de quem teve contato com os casos suspeitos. O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou haver falhas nos fluxos internos dos hospitais e até número inadequado de profissionais.

Mas não há punição prevista. “O primeiro procedimento nesse caso é uma autuação, determinada pelo órgão técnico, para que corrijam as falhas. Esse é o procedimento legal, previsto em lei. Caso se comprovem problemas, é uma alteração de comportamento, de funcionamento e da gestão do hospital”, sem punições imediatas.

O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a família da primeira vítima do coronavírus no País reclamou da falta de acompanhamento do governo e da Prevent Senior. Parentes que tiveram contato com o porteiro aposentado de 62 anos disseram não ter feito testes para a doença. Em outro caso, a família de um aposentado, de 77 anos, ficou um dia inteiro sem saber a causa do óbito, pois não foi avisada pelo hospital.

Em nota, a Prevent Senior disse que “a acusação de não avisar pacientes, isso não procede”. “A rede segue todos os protocolos médicos e éticos estipulados pelas organizações governamentais de saúde”, disse Nelson Wilians, advogado da empresa. “O atendimento prestado por nossos médicos e funcionários e procedimentos se tornaram referência. Outros planos de saúde e hospitais nos procuram para pedir orientações.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.