Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta sexta-feira que exigirá a partir de setembro que as pessoas apresentem um “passaporte” comprovando que se vacinaram contra a Covid-19 na entrada de locais públicos e privados de uso coletivo na capital fluminense.

As regras da adoção do passaporte de vacina foram publicadas no Diário Oficial do município e o anúncio vem um dia depois de a cidade adiar por tempo indeterminado a reabertura das atividades, por causa da circulação da variante Delta do coronavírus.

A circulação da Delta aumentou o número de casos, internações e a ocupação de leitos de UTI na capital fluminense e no Estado do Rio, que se tornaram o epicentro da variante no país.

“Muita gente não se vacinou e aos poucos vamos criar dificuldades para quem não se vacinou e protegendo os que se vacinaram. A vacina é o melhor instrumento contra a doença. As pessoas podem ser impossibilitadas de lazer ou de trabalhar se não vacinar”, disse o prefeito Eduardo Paes (PSD).

“É um excesso de zelo para evitar que coisas piores aconteçam… as medidas são uma preparação para a abertura”, acrescentou o prefeito.

Cerca de 300 mil pessoas não tomaram a primeira dose de uma vacina contra Covid-19 na capital fluminense e aproximadamente 200 mil não voltaram para tomar a segunda dose.

A comprovação de vacinação contra Covid será exigida para entrada em locais como academias de ginástica, centros de treinamento, clubes, estádios, arenas esportivas, cinemas, teatros, salas de concerto, pontos e locais de visitação turística, feiras, centros comerciais, convenções, conferências e outros.

A pessoa terá que apresentar carteira de vacinação no acesso ao local ou o certificado digital via ConectSUS. Para receber ajuda de programas assistenciais da prefeitura e até realizar cirurgias eletivas, o passaporte também será exigido. A prefeitura pretende fiscalizar o passaporte através de órgãos como Vigilância Sanitária, Guarda Municipal, Secretaria de Ordem Pública e outros, mas Paes disse que conta com o “bom senso” das pessoas.

“Para frequentar a cidade, as pessoas de dentro e de fora serão cobradas com a carteira de vacinação”, disse ele.

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