A prefeitura de Campinas (SP) cortou o arroz de cestas básicas entregues para famílias de alunos da rede municipal em situação de vulnerabilidade. A distribuição dos produtos começou em abril, após um questionamento do Ministério Público sobre a situação da merenda das famílias no período da quarentena.

Com as escolas em Campinas fechadas desde o dia 23 de março, as famílias dos alunos da rede municipal, com renda per capita entre R$ 89 e R$ 178, passaram a receber o benefício. “Está comprovado que a prefeitura cortou o arroz das cestas. É injustificável permitir que se corte um item tão essencial”, disse o vereador Gustavo Petta (PCdoB), presidente da comissão de Educação da Câmara e autor da representação no Ministério Público.

A disparada do preço do arroz é decorrente do aumento da demanda, tanto por parte do mercado nacional quanto do internacional, ambos influenciados pela pandemia do novo coronavírus. Nas últimas semanas, um pacote de cinco quilos de arroz, que normalmente custa R$ 15, pôde ser encontrado em alguns lugares a R$ 40. Com isso, alguns supermercados já restringem a quantidade que cada cliente pode comprar a mercadoria.

Procurada, a Prefeitura de Campinas responsabilizou o fornecedor. “Por conta da alta do arroz, como são 40 mil cestas, o fornecedor não conseguiu adquirir o produto. A Prefeitura está cobrando do responsável que regularize a situação o mais rapidamente possível. Para compensar, foram incluídos na cesta mais 1/2 quilo de macarrão, 1 kg de carne e 2 litros de suco de uva. A carne fica no freezer da escola e é entregue no momento da retirada da cesta. Além das cestas básicas também são entregues cestas de hortifrutis. Desde abril, foram entregues aproximadamente 400 mil cestas.”