Os preços da energia, que dispararam nos últimos dias, podem permanecer altos nos próximos meses, mas começarão a baixar no início de 2022, disse nesta terça-feira (12) Gita Gopinath, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, em entrevista com a AFP.

Embora os preços da energia “vão permanecer elevados” nos próximos meses, “esperamos que voltem a baixar no fim do primeiro trimestre do ano que vem e no segundo trimestre”, acrescentou.

“Uma vez que passemos pelos meses de inverno (no hemisfério norte), estaremos melhor”, disse Gopinath.

Os preços mundiais do petróleo dispararam na segunda-feira e alcançaram máximos históricos devido à forte demanda e à escassez de abastecimento, provocando a queda das principais bolsas de valores.

O petróleo West Texas Intermediate para entrega em novembro foi cotado acima dos 80 dólares o barril pela primeira vez desde outubro de 2014, enquanto o petróleo Brent de Londres atingiu um máximo em três anos, a 84,59 dólares.

O WTI subiu nesta terça, enquanto o Brent recuou ligeiramente.

Este aumento dos preços da energia alimentou os temores de que a inflação possa crescer ainda mais e dificultar a recuperação econômica mundial da recessão provocada pela pandemia.

Gopinath alertou que o clima vai influenciar, pois um inverno muito severo poderia provocar interrupções de energia de maior alcance e apagões, “que terão um efeito muito maior no mundo”.