Por Eric Onstad

LONDRES (Reuters) – Os preços do cobre dispararam para uma máxima recorde nesta sexta-feira, impulsionados por especuladores e compradores da indústria em meio a dados econômicos positivos, à medida que economias do Ocidente se recuperam da pandemia.

Os preços saltaram 135% desde as mínimas do último mês de março, quando o avanço da pandemia de Covid-19 e a imposição de lockdowns impactaram a demanda.

Os preços do cobre também foram impulsionados por previsões de aumento de demanda, estimuladas pela revolução “verde” dos veículos elétricos e da energia renovável, que exigirá mais de um metal que é um forte condutor de eletricidade.

A referência do cobre na bolsa de Londres superou a máxima recorde anterior, de 10.190 dólares, estabelecida em 2011, e atingiu 10.435 dólares. Por volta das 16h30 (horário local), apurava ganho de 3,3%, a 10.421 dólares.

“Nós estamos em um território desconhecido agora, e o mercado está um pouco superficial. Os ‘players’ da indústria estão em modo pânico, já que não há muita oferta”, afirmou Gianclaudio Torlizzi, sócio da consultoria T-Commodity, de Milão.

Agora, alguns compradores chineses de cobre físico –como a State Grid– podem ter de fazer o sacrifício de adquirir o metal, depois de adiarem compras na esperança de que haveria uma retração dos preços, disseram analistas.

O contrato mais negociado do cobre na bolsa de futuros de Xangai, para junho, chegou a avançar 2,7%, a 74.950 iuanes (11.603 dólares) por tonelada, mais alto nível desde maio de 2006 e apenas 1,6% abaixo de sua máxima recorde, de 76.160 iuanes.

(Reportagem adicional de Mai Nguyen, em Hanói)

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