LISBOA (Reuters) – Portugal anunciou nesta quinta-feira que vai permitir que alunos voltem às aulas na semana que vem e que casas noturnas sejam reabertas no dia 14 de janeiro, apesar de uma alta recorde no número de casos da Covid-19, mas com internações hospitalares ainda bem abaixo dos níveis vistos anteriormente na pandemia. 

“É evidente que a variante Ômicron é menos grave… a vacinação tem sido eficaz contra ela”, disse o primeiro-ministro português, Antonio Costa, em entrevista coletiva, em referência à variante de rápida propagação que surgiu no final de 2021. 

“É por isso que temos um número muito menor de hospitalizações, menos pessoas em UTIs e menos mortes”, acrescentou Costa. 

A variante atingiu Portugal – país que tem um dos maiores índices de vacinação, com 89% da população totalmente imunizada – em novembro, levando a um aumento de casos. A marca chegou ao recorde de quase 40 mil novas infecções na quarta-feira. 

Autoridades registraram 14 mortes por Covid-19 na quarta-feira, número bem abaixo das mais de 300 mortes diárias no pico anterior da pandemia, no final de janeiro de 2021, quando a campanha de vacinação havia acabado de começar. 

Os hospitais têm 1.251 pacientes de Covid-19, em comparação com os 6.869 do pico no dia 1º de fevereiro de 2021. 

Desde segunda-feira, apenas pessoas infectadas com o coronavírus e as que moram com elas precisam ficar isoladas, enquanto as pessoas que receberam a dose de reforço – um total de cerca de 3 milhões de pessoas – não precisam mais fazê-lo. 

(Reportagem de Catarina Demony, Sergio Gonçalves e Patrícia Rua)