Um porta-aviões americano passou pelo estreito de Ormuz para entrar no Golfo nesta sexta-feira (18), em meio a ameaças dos Estados Unidos de cumprir as sanções da ONU contra Teerã, apesar de não ter o apoio dos parceiros do Conselho de Segurança, anunciou a Marinha dos EUA.

Um grupo de ataque liderado pelo USS Nimitz, que inclui dois cruzeiros lançadores de mísseis e um destruidor, navegou até o Golfo para operar e treinar com parceiros americanos, além de apoiar a coalizão que combate o grupo jihadista Estado Islâmico, informou a Quinta Frota dos Estados Unidos em um comunicado.

“O grupo de ataque Nimitz está operando na área de manobra da Quinta Frota desde julho e está no auge de sua preparação”, disse o comandante do grupo, o contra-almirante Jim Kirk.

A medida ocorre poucos dias depois de o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, prometer cumprir um embargo de armas e outras sanções internacionais contra o Irã . Segundo o governo Trump, essas sanções serão retomadas no sábado.

Na terça-feira, Pompeo prometeu que Washignton evitaria que o Irã comprasse equipamento militar chinês e russo, apesar de seus aliados europeus não concordarem com sua postura no caso.

“Vamos agir de uma maneira, e temos agido de uma maneira, que evitará que o Irã possa comprar tanques chineses e sistemas de defesa russos e revender armas ao Hezbollah”, disse Pompeo.

Na quarta-feira, o secretário de Estado disse que Estados Unidos aplicará a retomada das sanções impostas pelas Nações Unidas ao Irã a partir da próxima semana, mesmo que quase todo o Conselho de Segurança da ONU tenha afirmado que Washington não tem motivos para tomar esta medida.

“Faremos tudo o que for preciso para nos assegurar que essas sanções sejam cumpridas”, garantiu Pompeo.

Estados Unidos envia regularmente grupos de porta-aviões ao Golfo para realizar exercícios e apoiar as operações da coalizão americana anti-EI no Iraque e na Síria.

Mas o governo Trump aumentou a pressão sobre Teerã.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, o Irã intensificou suas atividades de desenvolvimento nuclear desde que Estados Unidos se retirou unilateralmente do acordo nuclear de 2018.

Washington diz que, apesar de sua retirada, tem o direito de obrigar a ONU a voltar a impor sanções ao Irã por violar o acordo.