Quem acompanha as Olimpíadas pode estranhar a presença de atletas que representam a “ROC”. Na prática, é como a Rússia compete em Tóquio 2020. ROC é a sigla em inglês para Comitê Olímpico Russo (Russian Olympic Committee). Isso ocorre porque o país foi suspenso das competições esportivas internacionais por conta de um escândalo institucional de doping que envolveu até o Ministério do Esporte local.

Segundo o Tribunal Arbitral do Esporte, as autoridades esportivas da Rússia adulteraram o banco de dados do laboratório de testes de Moscou para evitar que atletas que tivessem sido pegos no antidoping fossem punidos pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

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Assim, o Comitê Olímpico Internacional (COI) criou uma bandeira neutra para que atletas que comprovadamente não tinham envolvimento no caso pudessem competir. Quando os russos sobem ao pódio, por exemplo, não é tocado o hino nacional, mas sim o “Concerto para Piano Número 1”, de Pyotr Tchaikovsky.

No Rio 2016, já existia uma punição, mas o COI deu liberdade para os organizadores de cada esporte definirem a aplicação. Os russos competiram com bandeira neutra no atletismo, remo e levantamento de peso. O ROC também apareceu nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pyeongchang.

Inicialmente, a punição era válida por quatro anos, mas foi reduzida para dois, até o fim de 2022. Desta forma, a Rússia poderá voltar a competir regularmente em Paris 2024. Neste tempo, o país ainda perderá a Copa do Mundo do Catar e os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, que serão disputados em Pequim.