A Apple e a Samsung são os dois principais competidores no mercado de smartphones. Mas o que ninguém imagina é que a empresa da maçã é cada vez mais dependente da fabricante coreana.

Essa relação vai ficar ainda maior com o iPhone 8, que será lançado no dia 12 de setembro, no Apple Park, na sede da empresa, em Cupertino.

Um relatório da KGI Securities, escrito pelo analista Ming-Chi Kuo, traz luz à essa dependência.

De acordo com o analista, a tela de OLED do novo iPhone custa entre US$ 120 e US$ 130 a unidade, muito acima dos US$ 45 a US$ 55 do iPhone 7 Plus, que usa a tecnologia LCD.

A única fornecedora da Apple, neste caso, é a Samsung. “É urgente a Apple encontrar uma segunda fornecedora de OLED”, diz Kuo no relatório, que o site AppleInsider teve acesso.

Há vários fornecedores de telas OLED, mas nenhum deles tem a capacidade de produção da Samsung. Para se ter uma ideia, a fabricante coreana foi responsável por 97,7% da produção desses painéis em abril.

A Apple precisa de milhões de telas OLED. No ano que vem, por exemplo, Kuo estima que entre 45 milhões e 50 milhões de iPhones com a tecnologia serão produzidos.

Além disso, a fabricante coreana é dona de várias patentes da tecnologia OLED. Por essa razão, o analista da KGI Securities acredita que deve levar tempo para a Apple conseguir diversificar os seus fornecedores.

Empresas interessadas na tecnologia, segundo a KGI Securities, são a Japan Display e a LG Display. Mas não está claro, avalia Kuo, se as duas serão capazes de atender as exigências da Apple, tanto de quantidade de produção, como de qualidade.

A tecnologia OLED é mais eficiente na questão de energia do que as telas LCD, o que reduz o consumo de bateria. Acredita-se que 40% dos smartphones usarão a tecnologia até 2020.