As dificuldades têm sido imensas para quem quer deixar a Ucrânia e fugir das consequências da invasão Russa ao país. Muitos brasileiros relatam problemas para fugir do conflito e ficar em segurança em nações vizinhas. Funcionários de empresas locais e mesmo os jogadores de futebol que atuam em território ucraniano estão se virando como podem para atravessar a fronteira e entrar em países como Polônia e Romênia. É como o velho ditado popular: cada um para si e Deus para todos. Mas algumas companhias têm prestado auxílio para os colaboradores e seus familiares, como é o caso da brasileira Stefanini, de tecnologia, que possui operação na Ucrânia e em territórios próximos.

A empresa tem uma pequena atuação no país que está sendo invadido, com cerca de 30 pessoas, todos ucranianos. Um terço deles conseguiu deixar o país nos dois primeiros dias da invasão russa. Eles foram principalmente para a Polônia. Os demais não podem sair, pois são do perfil que está proibido de deixar o território pelo governo ucraniano – homens entre 18 e 60 anos. Nesses casos, a companhia tem dado suporte aos parentes.

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A Stefanini também possui operação na Moldávia, país que já teve um navio bombardeado pela Rússia e o conflito pode avançar em seu território. Lá são cerca de 300 trabalhadores, todos locais. Foi realizada pesquisa entre os funcionários e metade demonstrou interesse de sair do país. Muitos, junto com seus familiares, já foram removidos no domingo (27) em ônibus disponibilizado pela companhia. Dezenas de outros sairão até o fim desta semana. Estão sendo levado até a Romênia, onde a Stefanini tem um dos seus principais escritórios na região. Tanto no caso da Moldávia quanto no da Ucrânia, o auxílio também prevê estadias em imóveis alugados pelo Airbnb.

Além de suporte humanitário aos funcionários, a Stefanini também trabalha para manter seus negócios. Em carta enviada para o mercado e aos colaboradores, Farlei Kothe, CEO da Stefanini EMEA (Europa, Oriente Médio e África), afirmou que a companhia tem uma grande presença global e um longo histórico de adaptação rápida quando os mercados enfrentam incidentes econômicos ou políticos. “Continuaremos monitorando a situação política e atualizando os planos de continuidade dos negócios. Além de alavancar nossas capacidades existentes, estamos expandindo nossos centros de entrega globais para outros locais (África do Sul e Bósnia em 2022)”, disse.