Por Sarah Mills e Marie-Louise Gumuchian

LONDRES (Reuters) – As cantoras Dua Lipa e Arlo Parks vão se apresentar para 4 mil pessoas no BRIT Awards desta terça-feira, o primeiro grande evento de música ao vivo com público, em ambiente fechado, realizado em Londres em mais de um ano.

As homenagens da música pop britânica, para as quais o público não terá que usar máscaras ou realizar o distanciamento social, estão ocorrendo na arena de eventos 02, no rio Tâmisa, enquanto o país sai do lockdown imposto devido à Covid-19.

A cerimônia faz parte do “Programa de Pesquisa de Eventos” do governo britânico, que visa determinar se grandes eventos podem ser realizados em ambientes fechados, sem distanciamento social.

“É um passo realmente importante no caminho da recuperação para todo o setor da música ao vivo”, disse Steve Sayer, gerente geral da O2 Arena, à Reuters, acrescentando que já se passaram 14 meses desde a última vez que o local sediou um show.

Os participantes, dos quais 2.500 são trabalhadores essenciais e seus convidados, precisam comprovar resultado negativo no teste rápido da Covid-19 para entrar no local, que tem capacidade para cerca de 20 mil pessoas.

Eles também terão que fazer um teste de Covid posteriormente e fornecer detalhes de contato como parte do sistema de teste e rastreamento do vírus no Reino Unido.

“Parece surreal porque já faz muito tempo”, disse Zunaira Faiz, que trabalha em um hospital no norte de Londres, ao chegar na O2. “Parece que estou experienciando algo nostálgico, porque não pudemos fazer isso por tanto tempo.”

Procurando abraçar o espírito comunitário e os gestos de bondade vistos durante o lockdown, os organizadores disseram que os vencedores deste ano receberão dois prêmios e serão encorajados a compartilhar um.

“Mesmo que pudéssemos ter mesas com pessoas brindando, não parecia certo fazer isso”, disse a apresentadora Selina Webb à publicação Music Week.

“Não haverá mesas, o foco será muito naquele público de fãs e trabalhadores essenciais – o que eles fizeram e a bravura deles.”

(Por Sarah Mills e Marie-Louise Gumuchian)

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