21/12/2017 - 19:00
Caderno especial de investimentos
Acabou a moleza. Aposente as pantufas. Cancele a conta no Netflix. Programe o despertador para tocar ao alvorecer. Depois de alguns anos de sedentarismo e retornos gordos, o investidor terá de suar a camisa para fazer seu dinheiro render. O ano de 2018 começa com juros e inflação – as duas variáveis que mais atazanaram a economia brasileira – sob controle. E, diferentemente do que ocorreu em tenebrosos tempos idos, a queda das taxas parece ser consistente e duradoura. Ainda há riscos pela frente, como a indecisão da reforma da Previdência e a eleição para presidente, a mãe de todos os sustos. No entanto, os prognósticos para a economia são bons apesar disso. “Se for eleito um candidato populista, teremos um crescimento da economia de 3% no ano, mas se for eleito um candidato liberal, teremos um crescimento de 3% ao ano pelos próximos dez anos”, diz Raymundo Magliano Neto, presidente da Magliano Corretora. “Há uma oportunidade única à disposição dos investidores.”
O ganho, porém, não virá sem esforço. A rentabilidade alta e sem risco dos juros elevados partiu. Com sorte (do Tesouro), para nunca mais voltar. O investidor que quiser finalizar 2018 com seu dinheiro em forma terá de suar a camisa. Será preciso alongar os prazos das aplicações, sacrificando a liquidez. Ou, então, abrir mão da segurança, correndo mais riscos, como os do crédito privado, dos fundos multimercados ou das ações. Sem isso, seu dinheiro terminará o ano meio fraquinho.
Para ajudar você a exercitar seus investimentos sem correr riscos desnecessários de lesões, DINHEIRO consultou diversos especialistas. Leia, nas páginas seguintes, recomendações importantes, como as ações mais promissoras para o ano que se inicia e as estratégias dos gestores dos fundos que apresentaram a melhor relação entre risco e retorno em suas categorias (medida pelo índice de Sharpe), segundo a Economatica. De quebra, os prognósticos com a eleição e os itens que serão objeto de desejo. Agora, é só começar a treinar. Um, dois, três, já!
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