O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, recusou nesta terça-feira (9) reafirmar o apoio dos EUA a um Estado palestino, depois que o primeiro-ministro israelense, Netanyahu, prometeu anexar assentamentos na Cisjordânia.

Diante de um subcomitê do Senado americano enquanto Israel encerrava suas disputadas eleições, Pompeo se recusou a responder quando os democratas pediram que ele apoiasse uma solução de dois Estados.

“Em última análise, os israelenses e palestinos decidirão como resolver isso”, Pompeo respondeu.

Pompeo disse que os assessores do presidente Donald Trump, Jared Kushner e Jason Greenblatt, apresentarão em breve uma proposta “para resolver um problema que está em andamento há décadas e décadas e que governos anteriores não conseguiram resolver”.

“Esperamos que tenhamos algumas ideias diferentes, únicas, que permitirão que israelenses e palestinos cheguem a uma resolução do conflito”, disse Pompeo.

Kushner, que também é genro de Trump, tem laços estreitos com Netanyahu, que disputa o cargo de primeiro-ministro com o ex-chefe militar de centro-direita Benny Gantz.

Dias antes da eleição, Netanyahu disse que anexaria pelo menos partes da Cisjordânia ocupada.

A anexação unilateral “indica que não há acordo com os palestinos”, disse o senador Chris Van Hollen, democrata de Maryland, a Pompeo.

“Parece que você já abandonou o que tem sido uma política externa bipartidária de se opor à anexação de toda ou qualquer parte da Cisjordânia por Israel”, disse.

Trump apoiou fortemente Netanyahu e tomou uma série de ações importantes há muito buscadas por Israel, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado judeu.