O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, exigiu nesta quarta-feira (10) que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) explique seu papel no envio de médicos cubanos ao Brasil e anunciou que, como contribuinte da instituição, Washington demandará uma prestação de contas.

Em uma entrevista coletiva, Pompeo acusou a OPAS, braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), de “facilitar o trabalho forçado” de pessoal médico cubano, por intermédio do programa “Mais Médicos” do Brasil.

“Precisa explicar como chegou a enviar US$ 1,3 bilhão ao regime assassino de Castro” e “por que não buscou a aprovação do Conselho Executivo, seu próprio Conselho Executivo, para participar deste programa”, acrescentou.

Além disso, instou a OPAS a “explicar quem na organização aprovou um acordo potencialmente ilegal” e “o que ele fez com os US$ 75 milhões que levantou quando negociou este programa”.

Pompeo afirmou que o órgão regional, cuja fundação foi promovida pelos Estados Unidos há mais de um século, “precisa realizar reformas para impedir que essas coisas aconteçam novamente” e enfatizou que o governo Donald Trump quer garantir que o país financie instituições que apoiam os valores democráticos.

A OPAS “deve explicar como virou intermediária em um plano para explorar os trabalhadores médicos cubanos no Brasil”, disse Pompeo à imprensa.

“Como fizemos com a OMS, a administração Trump exigirá a prestação de contas de todas as organizações internacionais da saúde que dependem dos recursos dos contribuintes americanos”, completou.