A poluição do ar é um grave fator de risco à saúde cardiovascular, constatou um artigo científico publicado recentemente pela revista New England Journal of Medicine. O “Global Burden of Diesese” estima que a poluição foi responsável por 9 milhões de mortes em 2019, dos quais mais de 60% foram por problemas ligados ao coração.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, declarou em setembro deste ano que a poluição atmosférica causa 7 milhões de mortes prematuras todos os anos, principalmente em países mais vulneráveis economicamente.

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Os autores do estudo e professores Philip Landrigan, do Instituto Schiller para Ciência e Sociedade Integradas, e Sangay Rajagopalan, da Care Western Reserve University, dos EUA, classificam a poluição como “material indesejado liberado no meio ambiente pela atividade humana”.

A poluição é gerada sobretudo pela queima de combustíveis fósseis, como a geração de energia em usinas termelétricas (o carvão é um dos maiores emissores de CO2) e a combustão gerada a partir dos derivados de petróleo em automóveis.

Além do gás carbônico, esses processos lançam outros materiais poluentes no ar: óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. O estudo também aponta preocupação com a emissão de metais tóxicos, como chumbo, mercúrio, arsênico e cádmio, além de outros poluentes químicos.

“A transição para fontes de energia renováveis podem reduzir essas mortes”, afirma o estudo publicado pela NEJM.

De acordo com um estudo do Greenpeace do início deste ano, mais de 160 mil pessoas morreram em 2020 vítimas da poluição nas 5 cidades mais populosas do planeta, o que inclui São Paulo, Cidade do México, Nova York, Nova Déli e Xangai.