A Organização Mundial da Saúde revisou os limites aceitáveis para a poluição do ar, responsável pela morte prematura de 7 milhões de pessoas no planeta todos os anos. , incluindo 600.000 crianças com menos de 15 anos, morrem prematuramente devido à poluição do ar, metade delas devido à poluição atmosférica. No Brasil, só dez estados e o Distrito Federal monitoram a concentração desses gases.

O que causa tudo isso tem nome: material particulado, ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. Cada vez que se respira numa cidade grande, leva para o corpo uma combinação de poluentes. Os poluentes mais nocivos para a saúde humana são as partículas, matéria microscópica suspensa no ar.

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As mais finas, dos combustíveis, principalmente o diesel, são as mais perigosas. Penetram profundamente nas vias respiratórias, no sangue e podem conter metais tóxicos. No Brasil, os que mais preocupam são o material particulado fino e o ozônio, que se formam com a queima de combustíveis.

Um levantamento inédito do Instituto Saúde e Sustentabilidade mostra que só 11 das 27 unidades da federação monitoram a qualidade do ar. Apenas cinco divulgam as informações em tempo real. A maioria não mede os principais poluentes.

O Brasil está atrasado no controle da qualidade do ar. O país não cumpre nem os padrões anteriores da OMS, definidos em 2005. Três anos atrás, o Conselho Nacional do Meio Ambiente estabeleceu novos limites de emissão para veículos, que ainda não entraram em vigor, e essa demora, segundo especialistas em poluição, está custando vidas.