Inúmeros estudos têm mostrado que o ar poluído, seja causado pelo tráfego de automóveis, usinas movidas a carvão ou refinarias de petróleo, prejudica bilhões de pessoas em todo o mundo. Os efeitos causam a morte de cerca de sete milhões de pessoas em todo o mundo por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Uma menina de 9 anos que sofreu um ataque fatal de asma em 2013 se tornou a primeira pessoa na Grã-Bretanha a ter oficialmente a poluição do ar listada como causa de morte, segundo o tribunal britânico.

+ Mortes por overdose aumentam nos EUA durante pandemia
+ PMs são presos após abordagem que terminou com a morte de dois jovens

A decisão histórica coloca um rosto e um nome em uma das milhões de pessoas cujas mortes são aceleradas pela poluição do ar em todo o mundo todos os anos. A menina, Ella Adoo-Kissi-Debrah, morava perto de uma grande estrada circular no sudeste de Londres e morreu em fevereiro de 2013. Asmática, ela foi levada ao hospital quase 30 vezes em menos de três anos e sofreu vários ataques.

Na decisão da quarta-feira, o legista assistente Philip Barlow, em Londres, disse que a poluição do ar ajudou significativamente a induzir e exacerbar a asma de Ella, acrescentando que ela havia sido exposta a níveis de dióxido de nitrogênio e partículas acima das diretrizes da Organização Mundial de Saúde.

A morte de Ella, que era negra, lançou uma luz nova e dura na Grã-Bretanha sobre como a poluição afeta desproporcionalmente as minorias e famílias carentes.