O governo da Polônia anunciou a prisão de um executivo da empresa de tecnologia chinesa Huawei por espionagem. De acordo com a TV estatal, um ex-agente de segurança também foi detido pelas autoridades sob o mesmo motivo. As detenções ocorreram na última terça-feira (8) e os envolvidos não tiveram as identidades reveladas.

O funcionário da Huawei seria um cidadão chinês, enquanto o ex-agente é de origem polonesa e que recentemente trabalhou para uma subsidiária da empresa de telecomunicações francesa Orange. Segundo a informações, ambos ficarão detidos por pelo menos três meses. Além das prisões, agentes do governo fizeram buscas nos escritórios da Huawei e da Orange.

A companhia chinesa de tecnologia, que recentemente passou a Apple como segunda maior produtora de smartphones no mundo, afirmou já ter sido informada do caso e que não se manifestará por enquanto.

“A Huawei cumpre todas as leis e regulamentos aplicáveis ​​nos países em que opera e exigimos que todos os funcionários cumpram as leis e regulamentos dos países onde estão baseados”, afirmou em um comunicado.

Não é a primeira vez que o nome da Huawei é ligado a escândalos de espionagem. Em dezembro passado a empresa foi acusada de passar informações de outros países ao governo da China. A empresa enfrenta rejeições em grandes mercados, como Estados Unidos, Austrália e países europeus.

Também em dezembro, a CFO e filha do fundador da empresa, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá a pedido da Justiça dos EUA. O governo norte-americano acusava a executiva de manter negócios com o Irã através de bancos nacionais, burlando as sansões econômicas impostas por Donald Trump. Ela foi liberada após pagar fiança de US$ 7,6 milhões, mas permanece em Vancouver, onde deve usar uma tornozeleira eletrônica e cumprir toque de recolher.