Ao repetir que o choque externo não tem “relação mecânica” com a política monetária, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse nesta segunda-feira, 28, que a autarquia não vai reagir de forma automática aos impactos do cenário internacional.

As implicações de choques externos para a política monetária, disse Ilan Goldfajn, vão depender da forma como o choque poderá se transmitir às expectativas, às projeções de inflação e ao balanço de riscos.

O impacto externo deve ser combatido apenas no impacto secundário que poderá ter na “inflação prospectiva”, comentou o presidente do BC.

Em evento promovido na zona sul da capital paulista pelo Lide, grupo que reúne empresários, Ilan Goldfajn comentou que o apetite ao risco em economias emergentes diminuiu diante do cenário da normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, principalmente nos Estados Unidos, o que produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais.