A Polícia Civil do Rio indiciou oito pessoas pelo incêndio no Hospital Badim, ocorrido em setembro do ano passado e que resultou na morte de 17 pacientes. Entre os indiciados estão diretores do hospital, engenheiros, arquiteto e diretores da empresa responsável pela construção e manutenção do gerador que pegou fogo.

Os indiciados irão responder 15 vezes por homicídio doloso qualificado e duas vezes por homicídio, além do crime de incêndio. Segundo as investigações, o Hospital Badim estava com obras irregulares, havia defeito no sistema de prevenção de incêndio e o plano de evacuação era falho.

Perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) apontou que o fogo começou no gerador da unidade. O equipamento estava instalado em um lugar sem proteção e os tanques de armazenamento não seguiam as normas de instalação vigentes.

Laudos do Instituto Médico Legal (IML) apontaram que a maioria das 17 vítimas morreu por inalação de fumaça e complicações pelo desligamento de aparelhos hospitalares.

Em nota, a assessoria do Hospital Badim informou que “sempre colaborou ativamente com as investigações” e que “está surpreso com a informação acerca da conclusão do inquérito e com o vazamento de seu conteúdo sem ter tido acesso ao mesmo”.

A instituição reiterou ainda que “confia em uma melhor análise do Ministério Público e prestará todos os esclarecimentos após ter acesso aos autos”. O Hospital também lamentou as mortes e informou já ter feito 13 acordos com familiares das vítimas.

Bonsucesso

Nesta sexta-feira, 30, a Defesa Civil do Rio interditou o Prédio 1 do Hospital Federal de Bonsucesso. Os técnicos do município identificaram risco à estrutura após o incêndio ocorrido na terça-feira. Os demais prédios que compõem o hospital, que não chegaram a ser atingidos pelas chamas, estão aptos a funcionar normalmente.