Não há trégua na batalha entre os monstrinhos japoneses. A marca Pokémon, que pertence à Nintendo, já movimentou US$ 7 bilhões desde 1998, quando estreou no mercado americano. Só no Brasil, em um ano, as personagens licenciadas pela Exim renderam cerca de US$ 50 milhões estampando brinquedos, roupas, alimentos e outros artigos de consumo de 43 empresas. Entre elas a Antarctica, que já vendeu 35 milhões de unidades com a promoção do refrigerante Caçulinha Pokémon. Para continuar com o sucesso, a Nintendo vai trazer novidades como os gameboys da série Gold and Silver, além de uma nova linha de produtos para 2001 e episódios inéditos de desenhos animados. Mas a febre pelos monstrinhos fez com que uma nova marca entrasse na concorrência. Apesar da diferença de tempo no mercado, o esquadrão dos Digimons não deixa por menos. Com os direitos pertencentes à Toei Animation, a maior produtora japonesa de desenhos animados, a marca foi lançada no mercado em 1999 e já faturou US$ 400 milhões só no Japão.

Por aqui, o público infantil conheceu os novos heróis em setembro deste ano, quando a série de desenhos passou a ser exibida pela Globo. A Dalicença, empresa responsável pelo licenciamento da marca, colocou os produtos no mercado há um mês e a estimativa é de que até dezembro de 2002 as vendas cheguem a US$ 200 milhões. A licenciadora trabalha com 37 empresas, que produzem mais de 500 itens em todas as categorias, desde brinquedos e alimentos até roupas e calçados. Além de um novo contrato, agora com a Vigor, que lançou séries especiais de iogurtes, sucos e achocolatados com os monstrinhos, existem também outras novidades programadas para o fim do ano, como chicletes e refrescos em pó. ?Nossa política é trabalhar apenas com grandes companhias?, diz Luiz Angelotti, diretor da empresa dos Digimons. A briga ainda vai longe.