O setor de combustíveis do Brasil vai precisar de um forte investimento nos próximos anos para fazer frente ao crescimento na demanda projetado para até 2027, apontou uma pesquisa realizada pela Boston Consulting Group (BCG), encomendada pela Plural, entidade que representa gigantes do setor como BR Distribuidora e Ipiranga. Conforme o levantamento, divulgado nesta sexta-feira, 15, o Brasil vai precisar de investimentos da ordem de R$ 82 bilhões em áreas como o setor portuário, dutos, terminais aeroportuários e ferrovias como um todo para não ter problemas no futuro.

De acordo com números da pesquisa, a demanda por diesel deve saltar 25,4%, de 40,6 milhões de metros cúbicos consumidos em 2017 para 66 milhões de metros cúbicos de demanda em 2027. Na gasolina, a alta em igual comparação deve ser de 2,4%, para 30,1 milhões de metros cúbicos.

O presidente da Plural, Leonardo Gadotti, afirmou que a projeção leva em conta alguma premissas, como o crescimento do PIB entre 2,5% ao ano e a implementação completa do RenovaBio. “O Brasil é extremamente carente em infra, principalmente na área de combustíveis líquidos.”

Diante do avanço na demanda no setor de combustíveis, áreas como dutos vão demandar aportes de R$ 1,5 bilhão, terminais portuários, R$ 1,6 bilhão, e ferrovias outros R$ 4,2 bilhões, estes apenas para o setor. Aportes em uma infraestrutura multissetorial (que não seriam dedicados exclusivamente ao setor) iriam consumir outros R$ 37,2 bilhões.

Conforme a Plural, o setor depende agora fortemente de uma agenda pública ativa de estímulo à concorrência no refino, com segurança jurídica e neutralidade fiscal.