O Senado aprovou nesta quarta-feira, 16, a indicação de Sandoval de Araújo Feitosa Neto e de Rodrigo Limp Nascimento para a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Até o final deste ano, o presidente Michel Temer indicará outros três dos cinco membros que compõem a diretoria da Aneel, atualizando toda a composição.

As duas primeiras indicações foram alvo de críticas dos setores regulados. O consultor legislativo Rodrigo Limp é “apadrinhado” do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que confirma o apoio. Sandoval de Araújo Feitosa, atual superintendente da Aneel, foi indicado para a segunda vaga, com as bênçãos do senador Edison Lobão (MDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia.

Em sua sabatina na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), Feitosa defendeu a ampliação das fontes alternativas de energia, como a solar. Ele sugeriu a implantação de um parque solar na região do semiárido como forma de gerar empregos e desenvolver a região Nordeste.

“Temos uma possibilidade enorme de fazer um grande projeto de inserção social, onde podemos, a partir da regulamentação já existente na Aneel, gerar essa energia nesses locais que têm essa particularidade social e fazermos o consumo em grandes centros, dentro da mesma área de concessão. Há a necessidade de alguns aprimoramentos regulatórios ainda para que isso ocorra em grande escala.”

Limp, por sua vez, reforçou a necessidade de o setor elétrico se preparar para as mudanças regulatórias decorrentes dos avanços tecnológicos, como a geração de energia pelos próprios consumidores e o crescimento do número de carros elétricos. Ele também afirmou aos senadores que não há como fugir do mercado livre de energia no futuro.

“A ampliação do mercado livre vai ser um ganho para o setor, com mais eficiência e competitividade. Mas temos que tomar cuidado com alguns pontos, garantir mecanismos de financiamento da expansão da geração, que hoje estão concentrados no mercado regulado”, afirmou.