Em tempos de celulares com câmeras e exposição em redes sociais, um dos mais importantes cirurgiões plásticos do País, o médico Alexandre Senra, tem adotado uma tática de guerra para proteger a identidade de seus pacientes – a maioria formada por empresários e políticos. Para não chamar a atenção e garantir o sigilo, ele costuma interná-los tarde da noite, fazer a cirurgia de madrugada e liberar em horários de pouco movimento no hospital. As intervenções mais procuradas pelos homens são na pálpebra e na papada do pescoço. “Acabei de operar dois deputados federais”, diz ele, sem revelar se os políticos estariam fazendo retoques para apagar as rugas causadas pelas delações que virão pela frente.

(Nota publicada na Edição 1005 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Carlos Eduardo Valim)