SÃO PAULO (Reuters) – Um Plano Safra 2022/23 com recorde de recursos disponíveis para financiamento deverá permitir que o Brasil possa produzir históricas 300 milhões de toneladas de grãos, o que seria um crescimento de quase 30 milhões de toneladas na comparação com o o ciclo anterior, disse o ministro da Agricultura, Marcos Montes, nesta quarta-feira durante o anúncio do principal programa do governo para apoiar a agropecuária.

“Com o Plano Safra 22/23, o Brasil faz sua parte para atender demanda mundial por alimentos… com esse plano temos tudo para colhermos uma meta da nossa ministra Tereza (ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina), de 300 milhões de tonelada de grãos na próxima safra”, disse Montes, ao citar sua antecessora que deixou a pasta para disputar as eleições.

Na temporada que está se encerrando (2021/22), a produção poderia ter sido maior não fosse uma quebra acentuada da colheita de soja, devido à seca. A estimativa atual da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de um total de 271,3 milhões de toneladas, incremento de 6,1% ante o ciclo anterior, com destaque para o avanço do milho.

O Plano Safra 2022/23 vai ofertar um recorde de 340,88 bilhões de reais em financiamentos agrícolas para produtores brasileiros, alta de 36% contra a temporada anterior.

Montes citou ainda a atuação do presidente Jair Bolsonaro, que esteve na Rússia, pouco antes da guerra na Ucrânia, buscando garantir ofertas de fertilizantes para o Brasil de seu principal fornecedor.

“Na questão a oferta de fertilizante, a sua atuação imediata e certeira foi decisiva, e hoje acreditamos que nesta safra não teremos problema de fornecimento que tanto temíamos…”, disse ele, em referência ao fato de o Brasil importar cerca de 85% do seu consumo de adubos.

(Por Roberto Samora)

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