O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Jason Greenblatt, assegurou que o plano de paz preparado pela administração americana irá se centrar “consideravelmente” nas necessidades de segurança de Israel, mas tentando ser “justo” com os palestinos.

Durante uma entrevista ao jornal Times of Israel, publicada nesta segunda-feira (8) em seu site, Greenblatt também desmentiu que a proposta americana esperada há meses contenha a ideia de uma confederação entre os palestinos e a Jordânia.

A administração do presidente americano, Donald Trump, assegura que está trabalhando em uma nova iniciativa para resolver o conflito israelense-palestino e concretizar a intenção de Trump de alcançar o que ele mesmo descreve como o acordo diplomático mais difícil de todos.

Surgiram elementos muito incompletos e não confirmados do plano sem que se saiba realmente se aparecem no projeto, cujo conteúdo continua sendo desconhecido e do qual os palestinos duvidam da existência.

Trump indicou no fim de setembro que o plano poderia ser apresentado em “dois, três ou quatro meses”. Também expressou pela primeira vez, sem se comprometer, uma preferência pela solução de dois Estados: a criação de um Estado palestino que coexistiria em paz com Israel.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, informou que Greenblatt e outro conselheiro de Trump, seu genro Jared Kushner, haviam lhe proposto uma confederação com a Jordânia, o que Abbas rejeitou, segundo ativistas israelenses que se reuniram no início de setembro com o chefe de Estado palestino.

“Não contemplamos o modelo da confederação”, declarou Greenblatt ao Times of Israel, durante esta entrevista realizada à margem da Assembleia Geral da ONU.

“O plano integrará uma solução para todas as questões centrais, incluindo a questão dos refugiados”, disse, acrescentando que também “se centrará consideravelmente nas necessidades de segurança de Israel”.

“Mas também queremos ser justos com os palestinos. Nos esforçamos para encontrar um bom equilíbrio. Cada parte encontrará neste plano coisas que não lhe agradam”, advertiu.

A direção palestina internacionalmente reconhecida congelou os contatos com a administração Trump, à qual acusa de ser exageradamente pró-Israel. Esta considera que os Estados Unidos se desqualificaram como mediador ao reconhecer Jerusalém como capital israelense.