LONDRES (Reuters) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, não está planejando restrições adicionais na Inglaterra para conter o crescimento considerável da variante Ômicron do coronavírus, disse seu porta-voz nesta sexta-feira, enquanto a Escócia alertou que a variante pode se tornar predominante em questão de dias.

Johnson, que determina as regras de saúde inglesas, anunciou as medidas de seu “Plano B” contra a Covid-19 na quarta-feira, ordenando que as pessoas trabalhem em casa, usem máscaras em locais públicos e exibam passes de vacina para conter a propagação da nova variante.

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Embora atualmente existam 817 casos genomicamente confirmados de Ômicron no Reino Unido, o secretário de Saúde, Sajid Javid, diz que ela está se disseminando na comunidade e ainda na quarta-feira estimou o número de infecções de Ômicron como mais próximo de 10 mil. O país relatou mais de 50 mil infecções diárias de Covid-19 em três dos últimos quatro dias.

“Existe um crescimento considerável da Ômicron aqui neste país e estamos vendo sinais iniciais de fuga da vacina”, disse o porta-voz, acrescentando que os cientistas precisam de mais tempo para estudar a variante.

Indagado sobre a possibilidade de um “Plano C” de restrições adicionais, ele respondeu: “Não há planos de ir além do que já delineamos, obviamente precisamos manter as características desta variante sob supervisão e agiríamos, se necessário, mas não há planos.”

A Agência de Segurança da Saúde britânica diz que a Ômicron tem uma vantagem de crescimento em relação à variante Delta prevalente, mas que não há dados suficientes para se avaliar a gravidade da doença causada ou a proteção proporcionada por vacinas ou infecções anteriores contra doenças graves.

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