A ala política do governo quer anúncio de medidas positivas pelo menos a cada dois meses. Uma fonte do Palácio do Planalto diz que não chega a haver embate entre os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Fazenda, Henrique Meirelles, mas cada um cumpre seu papel. “É um jogo político natural. O governo precisa dessa agenda positiva para se legitimar e contrapor à votação das reformas da Previdência e trabalhista, que são impopulares.”

O relacionamento entre Meirelles e Padilha não reúne as características de disputa de influência notada entre o ministro-chefe da Casa Civil e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. Mas o “timing” político nem sempre é o mesmo que o econômico.

Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou queda de 14,6% para 10,3% na aprovação do governo do presidente Michel Temer. Para o cientista político da Arko Advice Murillo Aragão, as medidas populares não foram suficientes para melhorar a avaliação num período marcado por notícias políticas negativas, como a indicação de Alexandre Moraes para o Supremo Tribunal Federal e a concessão de foro privilegiado a Moreira Franco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.