Provavelmente o grande beneficiário com o surgimento do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, Pix, o setor do comércio já se prepara para uma grande mudança nas compras à vista. Logo de início, o fluxo de caixa vai ficar mais ágil, os custos operacionais vão diminuir e novas estratégias de negócio devem surgir, principalmente no varejo e no e-commerce.

O Pix deve entrar em funcionamento no dia 16 de novembro, mas já está em fase de ajustes com uma operação restrita, com até 5% dos clientes bancários usando o novo sistema de pagamentos.

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Muitos donos de estabelecimentos que agora trabalham com mais de uma maquininha de cartão poderão analisar se vale a pena seguir com todas elas em atividade, ou, eventualmente, diminuir para apenas uma na loja. Com o Pix, as tarifas deixarão de existir e os comerciantes terão maior controle do dinheiro que entra na conta bancária.

Em entrevista ao Estadão, o sócio-fundador da fintech de gestão e automação financeira iugu, Patrick Negri, comentou que o e-commerce conta com uma série de vantagens de vendas que tendem a ser beneficiadas com a inclusão do Pix entre os pagamentos.

“A maioria das empresas tem estoque limitado e, quando a pessoa compra por boleto, a loja tem que fazer uma estimativa baseada no ano anterior para fazer a reserva de estoque. Isso é um problema, porque, conforme o mercado estiver se comportando no ano, a loja pode calcular o estoque errado. O Pix é muito bom para isso. Tenho visto muito e-commerce que só vai reservar estoque para quem pagar com Pix”, disse ele.

Ainda assim, é aconselhável sentir o terreno e esperar para ver como será a adesão dos consumidores ao Pix.