O diretor indicado para a área de Fiscalização do Banco Central, Paulo Sérgio Neves de Souza, afirmou nesta terça-feira, 29, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o sistema financeiro foi capaz de absorver as adversidades e evitar que a recessão atingisse o setor bancário. Ele citou ainda a existência de um robusto arcabouço regulatório e disse que a experiência acumulada nos últimos anos será importante para a trajetória da Diretoria do BC.

“O pior momento foi ultrapassado, embora ainda tenhamos um ambiente desafiador”, disse Neves de Souza. “As ações do BC permitiram um sólido processo de queda da inflação, o que permitiu a baixa da Selic.”

Em sua apresentação, ele disse que o BC proporcionou as melhores condições para que ele exercesse sua profissão.

Segundo Souza, em sua trajetória na instituição, sempre atuou em componentes voltados à fiscalização do Sistema Financeiro Nacional (SFN). “Chefiei equipes na área de fiscalização, tive oportunidade de representar o BC em grupos internacionais”, disse. “Tive o privilégio de vivenciar profundas mudanças na supervisão do BC a partir do fim da década de 1990”, afirmou Souza. “Tenho orgulho, com colegas, em ter contribuído para tornar a regulação e a supervisão brasileiras alinhadas às melhores práticas.”

Paulo Sérgio Neves de Souza e Maurício Costa de Moura, indicados para os cargos de diretor de Fiscalização e diretor de Administração do Banco Central, respectivamente, passam por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Eles substituirão no BC os atuais diretores Anthero de Moraes Meirelles e Luiz Edson Feltrim. Após a aprovação na CAE, os nomes de Souza e Moura serão submetidos ao plenário do Senado.