Nem todo mundo consegue cumprir os 150 minutos de exercícios físicos moderados semanais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Pensando nisso e nos inúmeros benefícios das atividades físicas à saúde, cientistas de Stanford desenvolvem a pílula do exercício.

A clusterina é uma proteína que possui efeitos anti-inflamatórios e é liberada em maiores quantidades no organismo após a prática de exercícios físicos. Ela auxilia no ganho muscular, na queima de gordura, no aumento da capacidade pulmonar e no fortalecimento da memória.

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Uma pesquisa publicada na revista científica Nature indica que os animais que se exercitaram apresentaram até 20% de mais concentração de clusterina no sangue em relação aos sedentários. Em outros testes, foi observado que a proteína reduz a inflamação cerebral e, a longo prazo, pode reduzir o risco de Alzheimer.

Ainda não se sabe se o impacto da clusterina no cérebro humano é semelhante ao observado em animais. De qualquer maneira, a ideia é buscar um medicamento à base de clusterina voltado a pessoas sedentárias ou impedidas fisicamente de praticar exercícios, mas principalmente para quem tem problemas cardíacos.

Em 2020, pesquisadores da Universidade de Michigan descobriram a sestrina, proteína gerada após atividades musculares. Ela também é responsável por ganho muscular, queima de gordura e aumento da capacidade pulmonar. A partir disso, cientistas da Universidade de Southampton criaram um composto químico que visa à perda de peso.

Embora os estudos estejam em fase de desenvolvimento, a possibilidade de criação de um remédio que imite os exercícios físicos parece próxima e pode beneficiar milhões de pessoas pelo mundo.