Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre reflete dados positivos em serviços, nas taxas de emprego e nos investimentos, disse nesta quinta-feira o Ministério da Economia.

Nota informativa produzida pela pasta afirma que, considerando apenas o carregamento estatístico do primeiro semestre deste ano, o crescimento de 2022 seria de 2,4% mesmo que o PIB ficasse estagnado nos seis meses finais do ano.

“Os indicadores mostram o bom desempenho dos serviços, a recuperação do emprego e a taxa dos investimentos em níveis elevados. Os serviços estão no melhor patamar desde 2015, os investimentos recuperaram o nível de 2014 e a taxa de desemprego é a menor desde 2015”, disse.

O PIB do Brasil registrou crescimento de 1,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, acima do esperado e em ritmo similar ao visto no início de 2022. [L1N3080YU]

Nas palavras do ministério, a economia brasileira “caminha para superar o impacto de duas crises: os efeitos da pandemia de Covid-19 e as consequências da recessão de 2014 a 2016”.

A análise da pasta aponta que os resultados da atividade vêm surpreendendo positivamente, usando como justificativa as revisões para cima feitas por agentes de mercado.

“Os resultados mais recentes levam os especialistas a revisarem sistematicamente suas projeções para 2022, ampliando o crescimento esperado, cuja mediana passou de 0,3% no início do ano para mais de 2,0% no fim de agosto”, afirmou.

O mais recente boletim Focus do Banco Central, que coleta projeções de analistas de mercado, aponta para uma alta de 2,10% do PIB este ano. Em janeiro, a estimativa estava em 0,28%.

Além da manutenção da recuperação do setor de serviços, da queda contínua da taxa de desemprego e da expansão do investimento privado, a nota menciona a continuidade do crescimento dos mercados de crédito e de capitais como fatores positivos para a atividade.

Por outro lado, a pasta apresenta fatores de alerta que inspiram atenção, citando incertezas relacionadas ao conflito na Ucrânia, aumento da inflação no mercado internacional, necessidade de ajustes das condições financeiras e a consequente desaceleração do crescimento global.

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