O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou nesta quinta-feira, 27, que as projeções do BC são de que o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre ficará em torno da estabilidade. “A projeção embute melhora no segundo semestre”, acrescentou Campos Neto.

Questionado a respeito dos juros altos aos consumidores e às empresas no Brasil, Campos Neto afirmou que o BC tem várias iniciativas no sentido de reduzir o spread no Brasil.

“O BC entende que teve uma queda no spread, mas não estamos contentes com o nível atual”, disse Campos Neto, lembrando que a educação financeira é um dos fatores com grande efeito sobre o spread. “Estamos endereçando o problema do spread, é uma briga contínua do BC. Com a ajuda de tecnologia e inovação, vamos chegar a um spread menor. Até o fim dos nossos trabalhos aqui, vamos atingir spread mais baixo”, acrescentou.

Fatores de risco

O presidente do Banco Central reafirmou que a instituição leva em conta vários fatores de risco em sua política monetária. “Sempre analisamos os fatores de risco. Citamos nos documentos recentes os três fatores que vínhamos analisando”, afirmou.

Entre os fatores, estão o cenário externo, a ociosidade da economia e o andamento das reformas.

Ao avaliar o cenário internacional, Campos Neto pontuou que alguns países na Ásia estão sofrendo mais a guerra comercial. No entanto, segundo ele, “de modo geral, o setor externo melhorou”.

Campos Neto afirmou ainda que a ociosidade no Brasil está muito alta. Ao citar novamente a necessidade de reformas, ele lembrou que este não é o único tema para a percepção de risco do BC. Ao mesmo tempo, pontuou que o mercado tem uma percepção muito parecida ao BC quanto ao risco com reformas.