Que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caminha a passos lentos todos nós já sabemos, mas hoje o indicador do Banco Central que monitora o crescimento do País, o IBC-BR, jogou um balde de água fria até nos otimistas.

Sem sair do zero, o crescimento de 0,07% em agosto do indicador contempla os resultados já aventados pelo desempenho da indústria (que cresceu 0,8%), do comércio (com tímidos 0,1%) e o tombo de serviços (-0,2%) e escancara a fragilidade da nossa economia em um período do ano historicamente importante para mensurar como se darão os negócios para o fim do ano.

Mesmo com o resultado tímido de agosto é possível que o País encerre o terceiro trimestre no campo positivo, mas longe das expectativas criadas no começo do ano, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, se colocava como arauto de uma retomada em ritmo chinês.

Em 12 meses até agosto o IBC-BR apresenta uma alta de 0,87% o que coloca o País com um PIB 7% inferior ao registrado em dezembro de 2013, ponto mais alto do indicador, segundo dados da Goldman Sachs. Na outra ponta, desde o final de 2016, quando chegamos ao pior ponto da recessão econômica, já conseguimos um crescimento acumulado de 4,5%.

Segundo as perspectivas do indicador do Banco Central, se a atividade ficar em zero em setembro, o terceiro trimestre terá alta de 0,58%, o que mantém o País em um crescimento pífio, mas, pelo menos, sem andar para trás.