O Produto Interno Bruto (PIB) da Itália registrou queda de 12,4% no segundo trimestre devido à pandemia do coronavírus, o que levou o país à recessão, anunciou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas (ISTAT).

Com a queda sem precedentes, após a contração de 5,4% no primeiro trimestre, o PIB italiano “registra o menor valor desde o primeiro trimestre de 1995”, destaca o ISTAT em um comunicado.

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Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a queda da terceira maior economia da zona euro é ainda mais vertiginosa, de 17,3%.

No primeiro semestre do ano, a economia italiana teve contração de 14,3%.

A Itália, país mais afetado da Europa pela pandemia, impôs um confinamento drástico em março e abril que paralisou grande parte de sua atividade econômica.

A península enfrenta este ano a pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial, com a previsão de queda do PIB de entre 8% e 14%, segundo analistas e diferentes cenários.

“As principais economias registram reduções de magnitude similar devido à propagação da pandemia”, recorda o instituto.

No segundo trimestre, o PIB dos Estados Unidos registrou contração de 32,9%, na Espanha de 18,5%, no México de 17,3%, em Portugal 14,1%, na França 13,8% e na Alemanha 10,7%.

Para estimular a recuperação econômica, o governo italiano injetará 25 bilhões de euros (29,6 bilhões de dólares) adicionais no orçamento de 2020, o que eleva o déficit público a 11,9% do PIB, o maior da zona do euro.

O aumento do orçamento, anunciado no dia seguinte ao histórico acordo concluído pela UE para estimular a economia, e do qual a Itália é uma das principais beneficiárias, levará a dívida italiana a 157,6% do PIB.