O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil recuou 2,5% no ano de 2018, o quinto ano seguido de queda. Os dados são das Contas Nacionais apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira, 28, o desempenho do PIB no ano passado.

O comércio acumulou uma alta de 2,3% em 2018, enquanto as atividades imobiliárias cresceram 3,1%. As indústrias extrativas tiveram avanço de 1,0% no ano passado, e a indústria de transformação subiu 1,3%. A produção e distribuição de eletricidade, gás e água cresceu 2,3% em 2018.

O setor de Transporte e armazenagem teve expansão de 2,2%, as atividades financeiras subiram 0,4%, e informação e comunicação avançou 0,3%.

O segmento de outras atividades de serviços teve alta de 1,0% no ano passado. Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social cresceram 0,2%.

Corte no investimento público

O segmento de infraestrutura, diretamente atingido pelos cortes no investimento público, é o principal responsável pelo desempenho negativo do PIB da construção civil, informou a coordenadora da Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Ela reconheceu que a queda de 2,5% em 2018 ante 2017 no PIB da construção está entre as menos intensas da sequência de cinco anos de recuos. Ainda assim, a infraestrutura segue em baixa.

“Quando (os governos) têm que cortar, o investimento é o primeiro a ser cortado porque não é despesa obrigatória”, afirmou Rebeca.

Segundo ela, é possível dizer que a infraestrutura está puxando a construção para baixo também porque as atividades imobiliárias subiram 3,1% no PIB de serviços em 2018 ante 2017.