A farmacêutica Pfizer disse que ainda não chegou a um acordo com o governo brasileiro para a distribuição de sua vacina contra a covid-19. O presidente Jair Bolsonaro quer que a empresa se responsabilize em caso de complicações por efeitos adversos do seu imunizante, o que não é uma prática dos contratos de vendas.

Além disso, a farmacêutica estabelece que a solução de possíveis problemas jurídicos aconteçam na Corte Arbitral de Nova York, nos Estados Unidos. Outro ponto de desavença é sobre o pagamento do imunizante. A empresa requer um fundo de garantia de crédito com conta no exterior para a compra das vacinas.

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Inicialmente, a vacina da Pfizer só poderia ser mantida na temperatura de -70°C, o que impedia a distribuição no Brasil. Depois, a empresa informou que o composto pode ser mantido entre -25°C e -15°C, por um período de até duas semanas. Essa questão também dificultou as negociações.

A vacina tem 89,4% de prevenção de infecções. Os Estados Unidos já aplicaram mais de 40 milhões de doses do imunizante. Até o momento, apenas Brasil, Venezuela e Argentina não aceitaram o contrato padrão para comprar a vacina na América do Sul.