A Polícia Federal procura o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, alvo da Operação Partialis, deflagrada nesta quinta-feira, 18. A investigação mira suposto esquema de desvios de mais de R$ 2 milhões em contratos da prefeitura de Marabá para compra de gases medicinais no interior do Pará. A Partialis é desdobramento da Operação Asfixia.

A prisão temporária de Eurípedes, por cinco dias, foi decretada pela Justiça Federal. A PF cumpre 17 mandados judiciais, dos quais 4 de prisão preventiva e 4 de temporária. Os agentes federais fizeram buscas na sede do PROS.

A PF não divulgou detalhes dos motivos que a levaram a pedir a prisão do presidente do PROS.

Defesa

Em nota, o PROS afirmou: “Sobre as notícias de hoje (18/10) acerca de uma operação da Polícia Federal e Receita Federal em endereços relacionados ao PROS, o partido esclarece que:

– O PROS preza pela lisura e transparência de sua gestão e estará à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários;

– Os advogados do partido e do presidente do partido estão tomando ciência do processo para maior esclarecimento dos fatos. De toda forma, não há qualquer relação com as informações inicialmente apontadas e nem com a prefeitura de Marabá;

– O ex-prefeito de Marabá, João Salame, não é filiado ao PROS conforme certidão do TSE;

– O MP se pronunciou contrário à prisão temporária presente na decisão judicial que gerou a operação. Trata-se de uma acusação absurda sem fundamento jurídico algum;

– A menção ao PROS na operação dá-se ao fato de o partido ter adquirido, dentro da legalidade, seguindo todos os tramites legais, uma aeronave no Estado do Pará. Tanto é que a aeronave citada foi comprada, paga e já até vendida pelo partido, e informado à justiça eleitoral;

– Não há qualquer envolvimento do partido ou do presidente do partido em atos ilícitos;

– Todas as movimentações partidárias são devidamente informadas aos órgãos competentes conforme legislação.”