A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 22, o empresário Breno Solon Borges, filho da desembargadora Tânia Borges, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, por suspeita de ligação com o tráfico de drogas.

Breno foi localizado pela PF em uma clínica médica na cidade paulista de Atibaia, onde estava internado desde julho, diagnosticado com Síndrome de Borderline.

A ordem de prisão de Breno foi dada pela Justiça de Três Lagoas (MS).

No dia 8 de abril, Breno foi preso pela primeira vez, em flagrante, no município de Água Clara, a cerca de 200 quilômetros de Campo Grande, na posse de 129 quilos de maconha e 199 projéteis 7.62 e mais 71 munições 9 milímetros.

Duas semanas depois, o plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado decidiu substituir o regime de prisão preventiva em que Breno se encontrava por internação provisória em uma clínica médica.

Laudos anexados pela defesa ao pedido indicaram que o filho da desembargadora sofre de Síndrome de Borderlin – doença marcada por ‘desvios dos padrões de comportamento’, com alterações de afetividade e controle de impulsos.

Cerca de dez dias antes de ser preso com drogas e munições pesadas, Breno caiu no grampo da Polícia Federal ajustando por mensagens de texto os pontos finais de uma ação espetacular.

Seu interlocutor, na ocasião, era Tiago Vinícius Vieira, apontado como o líder da organização montada para assassinatos, corrupção de servidores públicos, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Tiago, que chama Breno de ‘mano’, é interno do presídio de segurança média de Três Lagoas.

Segundo a PF, o filho da desembargadora atuava como ‘agente operacional’ de Tiago.

Em junho, a Operação Cerberus, da Polícia Federal, desmontou um grupo envolvido com tráfico de armas pesadas que estaria tramando a fuga de Tiago Vieira. Segundo a PF, o filho da desembargadora estaria ligado ao plano.