A Polícia Federal (PF) afirmou que Jair Bolsonaro (PL) teve uma atuação criminosa no vazamento de dados sigilosos de investigação de um possível ataque ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (28).

Bolsonaro é criticado por faltar a depoimento convocado por Moraes

Denisse Ribeiro, delegada do caso, disse no inquérito que não indiciou o presidente da República porque há divergências no STF sobre a PF poder indiciar um político com foro privilegiado.

“Os elementos colhidos apontam também para a atuação direta, voluntária e consciente de Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro e de Jair Messis Bolsonaro, na prática do crime previsto no artigo 325, §2°, c/c [combinado com o] 327, §2°, do Código Penal brasileiro, considerando que, na condição de funcionários públicos, revelaram conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim das diligências”, informou a PF em relatório.

Bolsonaro deveria ter comparecido à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal para depor, nesta sexta, mas não foi, recorreu e teve o pedido negado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

O jornal destaca que estes são crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral, segundo o Código Penal.

A PF complementou, em documento, que Barros e Bolsonaro “tiveram acesso em razão do cargo de deputado federal relator de uma comissão no Congresso Nacional e de presidente da República, respectivamente, conforme hipótese criminal até aqui corroborada”.