A tragédia que assola a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, trouxe à tona a discussão sobre a cobrança do imposto laudêmio, popularmente conhecido como a ‘taxa do príncipe’, dos moradores do município.

O imposto foi criado por Dom Pedro II e, apesar de o Brasil viver em uma República desde 1889, a taxa de 2,5% sobre todas as transações imobiliárias da cidade segue sendo cobrada dos moradores.

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A polêmica não para na cobrança do imposto, a gestão do patrimônio herdado de Dom Pedro II e taxa do príncipe também têm gerado discussão e foi até parar na Justiça, dividindo a família imperial.

De acordo com a Folha de S.Paulo, quatro herdeiros entraram na Justiça contra a Companhia Imobiliária de Petrópolis (CIP), criada para gerir a herança, para obrigar os demais sócios da empresa a comprar suas partes do patrimônio. O valor ainda não foi estimado.

É a companhia que é a responsável por cobrar o laudêmio na área da antiga Fazenda Imperial, formada por terrenos comprados por Dom Pedro I a partir de 1830 e, depois, por seu filho, Dom Pedro II.

A área compreende grande parte da área central de Petrópolis, local onde as fortes chuvas vitimaram ao menos 136 pessoas e outras 218 estão desaparecidas.