Os contratos do petróleo subiam mais cedo, mas o Brent perdeu fôlego e passou a oscilar com viés negativo, na manhã de hoje, após quatro avanços consecutivos na semana passada. Os contratos são apoiados por sinais de queda na oferta em alguns importantes produtores, mas analistas ponderam que não há motivo para euforia.

Às 8h42 (de Brasília), o petróleo Brent para abril operava em queda de 0,24%, em US$ 66,09 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o WTI para abril subia 0,48%, a US$ 56,25 o barril, na ICE.

Em dia de feriado do Dia do Presidente dos Estados Unidos, com mercados acionários e de Treasuries fechados, os volumes negociados de contratos do WTI podem ser afetados. Além disso, investidores ainda reagem a notícias da semana passada, entre elas a informação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu sua oferta em janeiro. Segundo Alfonso Esparza, analista sênior de mercado da OANDA, o cumprimento do acordo para cortar a oferta pela Opep e por aliados, como a Rússia, tem ajudado a apoiar os contratos, estabilizando-os.

Os contratos são também apoiados hoje pelo dólar mais fraco ante outras divisas fortes, o que tende a favorecer o apetite dos investidores. Sinalizações positivas no diálogo sobre comércio entre EUA e China e sanções americanas recentes contra Venezuela e Irã também ajudam.

Por outro lado, o fôlego dos contratos é menor, após na semana passada os dois contratos subirem quatro vezes seguidas, até a sexta-feira, quando o WTI atingiu o patamar fechamento mais alto desde 19 de novembro.

O Commerzbank afirmou em nota que o preço atual do preço da commodity é “exagerado” e que há mais potencial para uma correção. Para o banco alemão, investidores ainda não levam em conta como deveriam o aumento acima do esperado na produção dos EUA.