Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, nesta quinta-feira, 28, após o movimento de queda do início da sessão de hoje. O mau humor provocado pelos dados da American Petroleum Institute (API), na noite de ontem, somado ao relatório do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) deu lugar à percepção de que há mais equilíbrio no mercado agora. Participantes do mercado avaliam que demanda está sendo retomada com mais velocidade. No radar, mas como pano de fundo, ficaram as tensões entre Estados Unidos e China.

O petróleo WTI para julho fechou em alta 2,74%, a US$ 33,71 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para agosto avançou 1,64% a US$ 36,03 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos futuros do petróleo operavam em baixa significativa na madrugada e manhã desta quinta-feira (horário de Brasília), em meio a tensões entre EUA e China relacionadas à autonomia de Hong Kong. Do lado americano, a Casa Branca disse que pretende cancelar vistos de estudantes chineses.

Os contratos futuros da commodity, no entanto, mudaram de direção e começaram a subir mais tarde, apesar dos dados do DoE, na esteira do otimismo no mercado acionários com a retomada dos negócios. Houve espaço para otimismo por conta do arrefecimento das preocupações com excesso de oferta, com produtores concordado com cortes voluntários.

Para o Julius Baer, o mercado de petróleo recuperou a confiança deixando pra trás o temor de um mercado transbordante. “Um relaxamento dos gargalos na oferta deve oferecer apoio aos preços nos próximos meses”. Na avaliação do banco suíço, “a temporada de queda foi encerrada”.

Já o Commerzbank avalia que o mercado de petróleo está “precificando os desenvolvimentos positivos e o reequilíbrio entre oferta e demanda muito rapidamente”. Para Eugen Weinberg, analista do banco alemão, no entanto, os relatórios de demanda bastante fraca nos EUA e os números da API de ontem apontam para um dinamismo da demanda mais fraco do que o previsto.

“De acordo com relatos da imprensa, a demanda por gasolina diminuiu no fim de semana do Memorial Day nos EUA que normalmente está associado a um aumento na demanda e início da temporada de verão. As pessoas aparentemente não retomaram as longas jornadas que costumavam fazer nessa época”.