O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, em meio a expectativas por cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China no radar.

O contrato Brent para janeiro subiu 2,52%, a US$ 63,97 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), e o WTI para janeiro avançou 2,75%, a US$ 58,58 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o maior valor de fechamento desde 23 de setembro (US$ 58,64).

Os preços da commodity energética foram apoiados por informações da Reuters de que Opep e aliados – grupo conhecido como Opep+ – devem estender os atuais cortes de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia até junho de 2020, embora o cartel não deva aprofundar a queda em sua produção. O grupo se reúne no dia 5 de dezembro.

“Esses ganhos do petróleo são ampliados por indicações de que a Opep já considera uma extensão de seus atuais cortes de produção até o metade do próximo ano”, dizem analistas da Ritterbusch & Associates.

Os especialistas também atribuem a alta do petróleo a notícias sobre possíveis avanços nas negociações entre americanos e chineses para a assinatura da chamada “fase 1” de um acordo comercial, embora não haja consenso sobre isso. Nesta quinta, o South China Morning Post informou que as tarifas americanas a produtos chineses que estão programadas para entrar em vigor em 15 de dezembro devem ser adiadas, mesmo que um entendimento entre os dois países não seja alcançado até lá.

Já a Dow Jones Newswires noticiou que o vice-primeiro-ministro chinês Liu He convidou negociadores dos EUA para uma nova rodada de conversas presenciais. Na quarta, porém, a Reuters havia relatado que a assinatura do acordo preliminar pode ficar para 2020, devido a divergências entre Pequim e Washington. / Com informações da Dow Jones Newswires