Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 18, apoiados pela informação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) provavelmente estenderá os cortes na produção do óleo para além do primeiro semestre, período que havia sido acordado pelo cartel em dezembro.

O petróleo WTI para maio fechou em alta de 0,95%, a US$ 59,38 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio teve ganho de 0,57%, a US$ 67,54 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, disse que há um consenso geral na Opep+, grupo que reúne os países membros da Opep e mais dez aliados liderados pela Rússia, da necessidade de estender os cortes na oferta do óleo em razão do excesso de oferta remanescente. Al-Falih afirmou que enquanto os estoques do petróleo continuarem subindo, os grandes produtores não mudarão sua estratégia de restringir a oferta.

No fim do ano passado, a Opep+ decidiu reduzir sua produção em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) durante o primeiro semestre de 2019, como parte de uma estratégia para conter a oferta global excessiva e impulsionar os preços do petróleo. A Opep se responsabilizou por um corte de 800 mil bpd e os aliados, pelos demais 400 mil bpd

Neste contexto, o ministro também comunicou que o Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC, na sigla em inglês) da Opep+ não irá se reunir em abril, como estava previsto, porque “sentimos que a reunião era desnecessária”, uma vez que os produtores não conseguirão decidir até lá sobre os níveis da oferta no segundo semestre.