O petróleo fechou em forte baixa nesta quarta-feira, 18, penalizado por uma sessão de aversão ao risco, em meio à notícia de que a China impôs uma nova área de quarentena na região portuária de Binhai, em Tianjin. Neste contexto, planos da União Europeia (UE) para reduzir sua dependência em combustíveis fósseis da Rússia e dados de estoque nos EUA ficaram em segundo plano.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para julho recuou 2,36% (US$ 2,59), a US$ 107,04, enquanto o do Brent para o mesmo mês teve baixa de 2,25% (US$ 2,82), a US$ 109,11, na Intercontinental Exchange (ICE).

Após ter operado sem grande impulso na maior parte da manhã, o petróleo seguiu a tendência de baixa nos mercados globais após circular entre operadores a notícia – depois confirmada pela Bloomberg – de que uma região portuária na metrópole chinesa de Tianjin entrou em quarentena.

O fato frustrou a expectativa de relaxamento das medidas sanitárias na segunda maior economia global. Nesta semana, Xangai iniciou um período de reabertura gradual, com previsão de retirada completa da quarentena em 1º de junho.

Investidores também acompanharam, em segundo plano, a divulgação dos números de estoque de petróleo e derivados nos EUA na semana passada. Segundo a Capital Economics, embora o recuo nos barris estocados indique força nas exportações, a demanda por produtos derivados deve piorar nos próximos meses por conta dos preços elevados.

Ainda no radar do mercado, a UE detalhou seu plano para reduzir a dependência do bloco sobre a produção energética da Rússia, de forma a acelerar a transição para fontes renováveis em meio ao choque provocado pela ofensiva russa na Ucrânia.

Enquanto isso, segue indefinida a decisão da UE sobre cortar as importações de petróleo produzido na Rússia.

“O acordo sobre o embargo de petróleo continua provável, mas provavelmente não deve ser fechado antes do fim do mês. Os estados membros da UE estão se recusando a avançar com a pauta sem a Hungria concordar por medo de criar divisões na posição unificada do bloco contra a Rússia”, comenta a Eurasia, em relatório.