Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, novamente pressionados pelos últimos sinais de avanço na produção dos EUA.

Às 7h45 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para junho caía 0,84% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 55,42 por barril, enquanto o WTI para maio recuava 0,83% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 52,74 por barril.

Segundo Edward Bell, analista do banco Emirates NBD em Dubai, a recente revisão para cima nas projeções de produção dos EUA por grandes entidades, como a Agência Internacional de Energia (AIE), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano, deve “estar pesando nos mercados”.

O último relatório do DoE mostrou que a produção dos EUA já está em 9,24 milhões de barris por dia, o maior patamar em 86 semanas, graças principalmente a produtores de óleo de xisto, que souberam aproveitar a alta recente nos preços do petróleo.

Já um levantamento da Baker Hughes apontou que o número de plataformas em operação nos EUA avançou pela 13ª semana consecutiva, a 683, o maior nível em dois anos.

O salto na produção dos EUA ameaça esforços da Opep e de outros grandes produtores de cortar sua produção ao longo deste semestre, numa tentativa de conter o excesso de oferta e sustentar os preços da commodity. No fim do ano passado, Opep, Rússia e outros produtores concordaram em reduzir sua produção combinada em cerca de 1,8 milhão de barris por dia entre janeiro e junho.

Mais cedo, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, declarou que Opep e países de fora do grupo farão o que for necessário para equilibrar os mercados de petróleo.

Fontes dizem que os sauditas apoiam a extensão do acordo da Opep por mais seis meses, assunto que será discutido em reunião do cartel no fim de maio. Fonte: Dow Jones Newswires.