O petróleo fechou em queda nesta terça-feira, 6, ainda com as sanções americanas ao Irã, que pouparam oito países, no radar, enquanto o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos elevou a projeção de produção de petróleo bruto no país e reduziu a de preços.

O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,41%, a US$ 62,21 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro recuou 1,42%, a 72,13 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A decisão do governo americano, na segunda-feira, de poupar oito países – China, Índia, Itália, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia – temporariamente das sanções impostas ao Irã continua a repercutir no mercado de petróleo.

Para analistas do Commerzbank, isso significa que as exportações iranianas do óleo vão se estabilizar no nível atual, em 1 milhão de barris por dia. “Elas poderiam até aumentar novamente nos próximos meses, porque o Japão e a Coreia do Sul dificilmente comprariam qualquer petróleo iraniano antes da isenção em meio à incerteza diante das sanções e como um gesto de boa vontade em relação aos EUA”, afirmam.

Além disso, pesaram sobre os preços as previsões de produção de petróleo bruto nos EUA em 2018 e 2019, feitas pelo DoE, que apresentaram alta. As projeções para o preço da commodity local e global, por outro lado, recuaram. Em meio ao cenário, o petróleo WTI chegou a entrar pontualmente em bear market, com o barril cotado a pouco mais de US$ 61, em queda de mais de 20% em relação ao pico registrado em outubro.

Mais cedo, o vice-presidente do Irã, Eshaq Jahangiri, afirmou que as vendas de petróleo iranianas não foram até agora afetadas pelas medidas americana. “Eu tenho de dizer que temos conseguido vender tanto petróleo quanto desejamos até agora”, disse, de acordo com a agência estatal do Ministério do Petróleo.