Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 20, em patamares de nove e sete meses atrás, em meio a preocupações contínuas com os excedentes no mercado global da matéria-prima. A forte queda do petróleo fez com que os preços da commodity entrassem no chamado bear market – quando há um declínio de 20% ou mais em comparação a um pico recente.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para julho fechou em queda de US$ 0,97 (-2.19%), a US$ 43,23 por barril, menor nível desde setembro do ano passado. O contrato de julho do WTI expira hoje. O contrato do petróleo WTI para agosto recuou US$ 0,92 (-2,07%), a US$ 43,51 o barril, na Nymex.

Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo tipo Brent para agosto fechou em baixa de US$ 0,89 (-1,89%), a US$ 46,02 o barril, menor nível em sete meses.

Os traders estão, mais uma vez, recuando de apostas de que os exportadores globais poderiam atenuar o excesso de oferta através do acordo para reduzir a produção, elaborado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e não membros do cartel, de acordo com analistas. Essas ondas de vendas se tornaram comuns nos mercados de petróleo desde março.

Muitos investidores observam os níveis dos estoques da commodity nos Estados Unidos, o que está influenciando o mercado hoje. Mesmo os operadores que acreditam que os cortes da Opep podem deixar o mercado mais equilibrado não estão dispostos a apostar nessa posição até que seja divulgado o relatório dos estoques semanais de petróleo do Departamento de Energia dos EUA (DoE), que sai amanhã. Às 17h30, o American Petroleum Institute (API) divulga seu relatório sobre os estoques americanos na última semana, uma prévia dos números de amanhã.

Mesmo assim, a extensão do acordo de corte da Opep não foi suficiente para muitos investidores, que acreditam que ele não seja capaz de conter o excesso de oferta global existente desde 2014. Os preços da commodity caíram 17% desde o anúncio da extensão do acordo de corte.

A produção de outros países como Nigéria e Líbia, que foram poupados de participar do acordo, tem aumentado e preocupado os investidores, além dos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires